Governador Eduardo Riedel apresentou, durante a COP-30, em Belém (PA) pacote de ações que justificam porquê Mato Grosso do Sul é uma referência ambiental no País. Essa atividade do gestor de MS se deu nesta quinta-feira (13).
Segundo a divulgação, a comitiva estadual — que inclui o secretário de Meio Ambiente, Jaime Verruck, e o adjunto Artur Falcette — participou de painéis, reuniões técnicas e apresentações entre terça (12) e quarta-feira (13), reforçando ao mundo a estratégia sul-mato-grossense baseada em quatro pilares: segurança alimentar, transição energética, inclusão social e sustentabilidade.
Riedel apresentou, na Agrizone da Embrapa, os resultados das iniciativas que vêm transformando a preservação ambiental em ativo econômico. Segundo ele, o Estado “está monetizando a conservação e levando recursos para quem realmente protege o território, como produtores, ribeirinhos e moradores do Pantanal”.
Carbono neutro como política de Estado
A meta de tornar MS um Estado carbono neutro até 2030 deixou de ser promessa e virou política estruturante. Com 94% da energia consumida sendo renovável e 38% do território preservado, o Estado lidera indicadores ambientais e registra a maior redução de emissões agropecuárias do Brasil: queda de 51% entre 2006 e 2022.
Entre os instrumentos estão o Fundo Clima, a Lei do Pantanal e os programas de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), como o PSA Bioma Pantanal e o PSA Brigadas de Incêndio. Outro destaque é o Pacto Pantanal, que reúne R$ 1,4 bilhão em ações previstas até 2030.
Impactos na educação, saúde e inclusão
A política climática tem reflexos diretos em outras áreas. Mato Grosso do Sul teve o 2º maior avanço do país na alfabetização e ocupa posição de destaque em capital humano e maturidade digital. Na inclusão social, mantém a 4ª menor taxa de desemprego do Brasil (2,9%) e a 3ª menor taxa de extrema pobreza (2%).
R$ 81 bilhões em investimentos e força na bioenergia
Com R$ 81 bilhões em investimentos privados só na atual gestão — e R$ 141 bilhões desde 2015 —, MS se consolidou como liderança nacional na transição energética. O Estado é o 2º maior produtor de etanol de milho do país e conta com 22 usinas de bioenergia em operação. As áreas de grãos, cana e florestas plantadas também cresceram de forma acelerada.
A recuperação de pastagens degradadas e o mercado de carbono estadual, que terá chamamento público em janeiro, abrem novas oportunidades para produtores, comunidades tradicionais e municípios.
Modelo exportado
Riedel afirma que MS se tornou um ”laboratório nacional” de políticas ambientais. ”Mostramos que é possível crescer preservando, incluir protegendo e desenvolver inovando. Essa é a equação que apresentamos ao Brasil e ao mundo”.
Thiago de Souza – topmidianews
Foto: Guilherme Lemos – Agrizone Embrapa