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Em 17 municípios de MS renda per capita é inferior a 1 salário mínimo

No outro extremo estão 15 cidades sul-mato-grossense onde o valor é maior

 

Em Mato Grosso do Sul, 17 municípios apresentaram renda per capita inferior a R$ 1.212, valor do salário mínimo em 2022, ano do Censo Demográfico. O recorte mostra as médias entre os que trabalham e não têm ocupação, evidenciando cenário de desigualdades econômicas do Estado, com áreas de grande vulnerabilidade social, especialmente na região de fronteira com o Paraguai.

Em Mato Grosso do Sul, a disparidade salarial é de até três vezes entre os maiores e os menores rendimentos. Enquanto na cidade “mais rica” do Estado cada habitante ganha em média R$ 69,61 por dia, na “mais pobre” o valor cai para R$ 23,33.

No topo do ranking de renda per capita no Estado, segundo o Censo de 2022, Chapadão do Sul se destaca com R$ 2.090,92, mas é apenas o 282º no pódio nacional de município. É a cidade que apresentou a maior variação populacional na nova projeção do Censo Demográfico 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O aumento foi de 11,66%, com a população passando de 30.993 para 34.606 habitantes. Também é o líder estadual em empregabilidade.

No quesito renda per capita, a cidade é seguida de perto pela capital, Campo Grande, com R$ 2.088,31, que aparece em 286ª posição no Brasil.

Outras 15 cidades, como São Gabriel do Oeste (R$ 2.084,65) e Dourados (R$ 2.015,16) apresentam rendas per capita superiores à média nacional, que foi de R$ 1.638 em 2022.

Esses municípios estão localizados em regiões com forte presença da agropecuária, indústria e comércio, o que gera um ciclo positivo de prosperidade local. A produção agrícola, especialmente de grãos, e a atuação de Chapadão do Sul como um polo regional de serviços, são fatores que impulsionam sua alta renda.

Mesmo assim, não chegam perto do município de Nova Lima, em Minas Gerais, que registrou o melhor desempenho nacional, R$ 4.300 por pessoa da família por mês. O resultado é 15 vezes o de Uiramutã, em Roraima, menor valor pago no País, onde as famílias sobreviviam com apenas R$ 289, cerca de R$ 9,63 por dia.Em 17 municípios de MS renda per capita é inferior a 1 salário mínimoNa base do ranking está Coronel Sapucaia, na fronteira com o Paraguai (Foto: arquivo)
Mais pobres

Por outro lado, 17 municípios de Mato Grosso do Sul apresentam rendas per capita abaixo do salário mínimo, algumas com metade dessa valor de referência, o que coloca essas cidades na base do ranking estadual.

Coronel Sapucaia, com R$ 699,98, é o município com a menor renda per capita do Estado, conforme o último Censo, seguido por Tacuru (R$ 727,90) e Japorã (R$ 757,40). Essas cidades, localizada na região sul também tem grande concentração de população indígena, e enfrentam uma série de desafios socioeconômicos, como uma economia predominantemente voltada para o setor primário, a baixa infraestrutura e a exclusão do mercado de trabalho formal.

Além disso, as cidades de fronteira enfrentam obstáculos adicionais, como o tráfico de drogas, contrabando e insegurança pública, que afetam diretamente a qualidade de vida dos moradores e a atração de investimentos. O alto índice de informalidade no mercado de trabalho e a presença de famílias em áreas rurais dificultam a elevação da renda média local, perpetuando o ciclo de pobreza.

Com renda média de R$ 2.169, Mato Grosso do Sul ocupa a 8ª colocação. O estado fica duas posições acima da média nacional, de R$ 2.069. No entanto, está atrás de São Paulo (R$ 2.662), Rio Grande do Sul (R$ 2.608), Santa Catarina (R$ 2.601), Rio de Janeiro (R$ 2.490), Paraná (R$ 2.482) e Mato Grosso (R$ 2.276). O menor rendimento foi registrado no Maranhão (R$ 1.077).

Por Ângela Kempfer -campograndenews

(Foto: arquivo)

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