Presidente do Conselho Federal de Medicina destaca que acidentes de trânsito no Brasil causam mais de 32 mil mortes e deixam cerca de 320 mil pessoas com sequelas graves a cada ano
O Conselho Federal de Medicina (CFM) afirmou nesta sexta-feira (26), durante o 16º Congresso Brasileiro de Medicina do Tráfego em Salvador (BA), que os acidentes de trânsito no Brasil resultam em cerca de dez vezes mais pessoas com sequelas graves do que vítimas fatais. Segundo o presidente da entidade, José Hiran Gallo, mais de 32 mil pessoas morrem anualmente em sinistros de trânsito no país, enquanto aproximadamente 320 mil ficam com sequelas graves ou permanentes.
Dados situam Brasil entre países com mais vítimas de trânsito
De acordo com Gallo, o Brasil figura entre os países com maior número absoluto de vítimas de acidentes de trânsito, junto a nações com populações significativamente maiores, como Índia e China. O presidente do CFM ressaltou que as consequências dos acidentes afetam especialmente jovens, além de impactar famílias que precisam lidar com situações de dependência e sofrimento prolongado.
Impacto econômico dos acidentes de trânsito
Durante o evento, Gallo também destacou o impacto financeiro dos acidentes. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os custos anuais com sinistros de trânsito no Brasil somam cerca de R$ 50 bilhões. Esse valor inclui despesas hospitalares, reabilitação, gastos com previdência social e prejuízos à produtividade.
Desafios para políticas públicas e ações de prevenção
O presidente do CFM afirmou que a medicina do tráfego tem papel fundamental ao fornecer dados e análises que orientam decisões do Estado e políticas públicas. Ele defendeu que a especialidade vai além da atuação clínica e contribui para a elaboração de soluções destinadas à redução dos impactos dos acidentes de trânsito no país.
Idest – Em Saúde