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Projeto que acelera medida protetiva de violência doméstica entra em funcionamento em MS

Projeto IntegraJus Mulher deve melhorar trâmites para evitar feminicídios em Mato Grosso do Sul

 

As MPUs (medidas protetivas de urgência) que tratam de violência contra a mulher ganharam um novo reforço para serem efetivadas em até 48 horas em , com a criação do Projeto IntegraJus Mulher. O prazo já é previsto pela Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) e agora, no Estado, ganha a integração entre os sistemas Sigo (registro de boletim de ocorrência) e E-saj (tramitação de processos) para auxiliar na efetivação das MPUs.

O Projeto IntegraJus Mulher foi criado no âmbito do  (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), e a publicação consta na Portaria nº 3.147/2025, em diário oficial desta segunda-feira (15).

Entre as intenções estabelecidas pelo IntegraJus Mulher, estão reduzir o índice de revitimização e oferecer respostas rápidas na prevenção de feminicídios. Conforme dados do Monitor da Violência contra a Mulher, Mato Grosso do Sul registrou 27 feminicídios desde o início de 2025.

A novidade é mais uma medida que visa interromper o ciclo de violência. O debate ganhou destaque neste ano, após a morte de Vanessa Ricarte, aos 42 anos, por golpe de facas pelo ex-noivoCaio Nascimento. Horas antes de morrer, a jornalista pediu medida protetiva na  (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e gravou áudios sobre o tratamento desumanizado que recebeu.

A denúncia levou o Governo do Estado e a Prefeitura de  a reformularem políticas públicas de combate à violência contra as mulheres. A Justiça também se mobilizou, por meio do TJMS, da Defensoria Pública e do Ministério Público.

IntegraJus Mulher

No caso do IntegraJus Mulher, um dos objetivos é atuar de forma integrada com órgãos de segurança pública. Outra medida será o fornecimento de dados no Monitor da Violência contra a Mulher.

O projeto será desenvolvido em colaboração interinstitucional em parcerias do TJMS com o Governo do Estado — por meio da Secretaria Estadual de Segurança Pública, Polícia Civil e Polícia Militar — e com a Compnet como área técnica colaborada. A empresa é responsável pelo Sigo, sistema em que são registrados os boletins de ocorrência.

A portaria estabelece que o projeto terá monitoramento contínuo e avaliações periódicas, realizadas por meio de Painel de BI (Business Intelligence), permitindo:

  • Acompanhamento em tempo real de indicadores de desempenho;
  • Geração de relatórios de monitoramento e transparência;
  • Análise de cumprimento de metas;
  • Identificação de gargalos operacionais e adoção de medidas corretivas.

Thalya Godoy – midiamax

Foto:  (Redes sociais)

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