O aplicativo de mensagens mais popular do mundo, o WhatsApp, está novamente no centro de uma polêmica, desta vez por conta de uma nova função que permite mencionar grupos inteiros nos Status. O que parecia ser uma ferramenta para facilitar a comunicação rápida e abrangente, transformou-se rapidamente em um pesadelo para muitos usuários, gerando uma onda de notificações incessantes e uma busca por atenção que beira o insuportável.
A funcionalidade, que notifica individualmente cada integrante de um grupo quando o mesmo é mencionado em um Status, tem sido descrita por muitos como uma “tortura digital”. Usuários relatam um bombardeio de alertas, mesmo para conteúdos irrelevantes, o que tem gerado um incômodo generalizado e uma perturbação constante da rotina.
A crítica principal recai sobre a percepção de que a função tem sido utilizada, em muitos casos, como uma ferramenta para buscar atenção desnecessária. A cada Status publicado com a menção de um grupo, cada membro recebe uma notificação, independentemente de ter interesse no conteúdo. Isso tem levado a uma sobrecarga de informações e um esgotamento da paciência dos usuários
A situação levanta ainda discussões sobre os limites da liberdade de expressão em plataformas digitais e o direito ao sossego. Juristas e especialistas em direito digital já começam a debater a possibilidade de que o uso abusivo da função possa ser enquadrado como perturbação do sossego, um crime previsto no Código Penal brasileiro.
Em Chapadão do Sul, a situação não é diferente. Em diversos grupos, sejam eles de política, comunicação ou amizade, tem sido observado um incômodo crescente. Usuários com necessidade de atenção vêm perturbando os demais com menções incessantes e diárias. É fundamental que haja um pouco mais de bom senso e consideração, pessoal.desabafa Maria da Silva, 45, administradora de vários grupos de trabalho e família
“Quando a notificação se torna incessante e sem propósito, ela pode sim caracterizar uma perturbação”, explica a advogada especialista em direito digital, Ana Paula Mendes. “É importante que as empresas de tecnologia considerem o impacto social de suas funcionalidades e criem mecanismos para evitar abusos.”