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Enzo de 10 Anos Não Resiste e vem Falecer, Vitima de Leucemia.

Uma viagem de férias que se transformou em um pesadelo. O menino Enzo Pereira, de 10 anos, morreu na noite do último dia 10 de agosto, em Londrina, vítima de uma leucemia em estágio avançado. A descoberta da doença e o rápido desfecho ocorreram enquanto ele e sua família visitavam parentes na cidade, uma tradição anual do casal e seus filhos.

A família, composta por Cleidineia, seu marido e outros cinco filhos (sendo dois de uma união anterior), viajou para Londrina para o período de recesso escolar. No entanto, a alegria do reencontro familiar foi interrompida quando Enzo começou a apresentar sintomas preocupantes: dores no corpo e vômitos persistentes.

Buscando ajuda, os pais o levaram ao Hospital Universitário (HU) da Universidade Estadual de Londrina (UEL). A equipe médica que o atendeu rapidamente desconfiou da gravidade do caso. Após exames, veio o diagnóstico devastador: leucemia.

A notícia de que o câncer já estava em estágio avançado, com poucas chances de cura, abalou profundamente a família. Enzo iniciou imediatamente o tratamento, recebendo sessões de quimioterapia e transfusões de sangue na tentativa de combater a doença.

A luta do jovem guerreiro, no entanto, foi breve. Sua morte foi confirmada às 23h do dia 10 de agosto, simbolicamente no final do Dia dos Pais, uma data que agora carregará um peso de imensa dor e saudade para seu pai e todos os seus familiares. A família, que chegou a Londrina para celebrar, agora enfrenta o luto da perda irreparável de Enzo.

As informação de sua morte foi confirmada nas redes social do vereador Vanderson Cardoso e dos Familiares de Enzo

É importante ressaltar que, embora um hemograma (exame de sangue completo) possa indicar alterações preocupantes nas células, o diagnóstico definitivo de leucemia é um processo mais complexo e não se baseia apenas nesse teste.

Em resumo: O diagnóstico de leucemia é um processo investigativo completo que começa com a suspeita clínica, é sinalizado por um hemograma e confirmado de forma definitiva pela análise da medula óssea. Exames adicionais são essenciais para classificar o tipo exato da doença e planejar o tratamento mais eficaz.

Como é Feito o Diagnóstico de Leucemia

O diagnóstico de leucemia é um processo de confirmação em etapas, geralmente conduzido por um médico especialista (hematologista ou oncologista).

1. Suspeita Inicial: Sintomas e Exame Físico

Tudo começa quando o paciente apresenta sintomas que levam o médico a suspeitar da doença. Os sinais mais comuns incluem:

  • Fadiga e fraqueza persistentes.

  • Febre ou calafrios sem motivo aparente.

  • Infecções frequentes.

  • Perda de peso não intencional.

  • Surgimento de manchas roxas (hematomas) ou pequenos pontos vermelhos na pele (petéquias).

  • Sangramentos (nariz, gengiva) que demoram a parar.

  • Dores nos ossos ou articulações (como no caso de Enzo).

  • Gânglios linfáticos inchados, baço ou fígado aumentados (o médico pode sentir isso ao apalpar o abdômen).

2. Primeiro Indício: Hemograma Completo

Este é o primeiro e mais importante exame de triagem. Uma amostra de sangue é analisada para verificar a contagem e a aparência das células sanguíneas.

  • O que o médico procura? Um hemograma pode revelar:

    • Contagem de glóbulos brancos (leucócitos): Pode estar muito alta (o mais comum) ou, às vezes, muito baixa. Além disso, pode haver a presença de células jovens e anormais, chamadas blastos, que não deveriam estar no sangue em grande quantidade.

    • Contagem de glóbulos vermelhos (hemácias): Geralmente baixa, causando anemia (que leva à fadiga e palidez).

    • Contagem de plaquetas: Geralmente baixa, o que causa os problemas de sangramento e hematomas.

Importante: Um hemograma alterado levanta uma forte suspeita, mas não confirma o diagnóstico de leucemia. Ele apenas indica que algo está muito errado na produção de células do sangue.

3. A Confirmação: Análise da Medula Óssea

Para ter a certeza e entender o tipo exato de leucemia, o passo mais crucial é a análise da medula óssea, que é a “fábrica” do sangue. Isso é feito através de dois procedimentos, geralmente realizados juntos:

  • Mielograma (Aspiração de Medula Óssea): O médico usa uma agulha fina para aspirar uma pequena amostra da parte líquida da medula óssea, geralmente do osso do quadril (ilíaco).

  • Biópsia de Medula Óssea: Com uma agulha um pouco mais grossa, retira-se um pequeno fragmento do osso junto com a medula.

Essas amostras são enviadas para um laboratório onde um patologista as examina ao microscópio para confirmar a presença de células cancerígenas (blastos) e determinar a porcentagem delas na medula.

4. Classificação do Tipo de Leucemia: Exames Avançados

Após a confirmação, é fundamental saber qual o tipo exato de leucemia, pois o tratamento varia drasticamente. Para isso, são feitos testes avançados nas amostras de sangue ou medula:

  • Citometria de Fluxo: Um teste de alta tecnologia que identifica as proteínas na superfície das células cancerígenas. Ele consegue diferenciar com precisão se a leucemia é linfoide (afeta linfócitos) ou mieloide (afeta outras células) e se é aguda (rápida) ou crônica (lenta).

  • Análises Genéticas (Citogenética e Testes Moleculares): Esses exames procuram por alterações específicas nos cromossomos e genes das células leucêmicas. Isso ajuda a prever a agressividade da doença e a escolher tratamentos mais modernos, como as terapias-alvo.

5. Verificação da Extensão da Doença (Estadiamento)

Em alguns casos, especialmente em leucemias agudas, é preciso verificar se a doença se espalhou para outras partes do corpo:

  • Punção Lombar: Uma agulha é inserida na parte inferior das costas para coletar uma amostra do líquido cefalorraquidiano (que envolve o cérebro e a medula espinhal). O objetivo é verificar se há células leucêmicas no sistema nervoso central.

  • Exames de Imagem: Tomografias computadorizadas, raios-X ou ultrassons podem ser usados para ver se órgãos como o baço, fígado ou gânglios linfáticos estão aumentados.

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